A história que segue, é real, assim como as pessoas que aqui figuram e que tiveram suas identidades mantidas para esculhambar de vez com estes fuleiros.
Chegava ao fim o ano de 1998, e como sempre, a CONCENTRATION, viu esse como um bom motivo para encher a cara. Decidimos virar de ano em grande estilo, indo até a praia de Garopaba e estabelecendo lá, nossa bandeira na casa do Parahim. Logo no início, um grupo de estrategistas decidiu que era melhor, de modo a evitar o transito intenso de ida, fazer a viagem em duas etapas.
Terminado o expediente no dia que antecedeu os acontecimentos, peguei meu carro ( na época meu GOL azule devidamente batizado de CAVALEIRO DO ASFALTO) e arrecadei quatro bagaceiros: o Cézar, o Parahim, o Marlon e o Cássio. O Tiago Fumeta em sua possante Cheveteira turbinada nos encontraria mais tarde...
Atracamos na praia de Mariluz já perto da meia-noite e tomamos de assalto a casa do Cássio, ação essa característica do Movimento dos Sem Praia ( MSP). Conseguimos então, um feito jamais antes realizado e repetido, e acordamos às 6:00 da manhã partindo com o comboio rumo a praia catarinense.
Seguíamos na velocidade média de 100km/h e quando estávamos quase chegando a Cheveteira que nos seguia foi abduzida.
Chegamos mais ou menos às 13:00 em Garopaba eu, o Cássio e o Parahim e ficamos aguardando na entrada da cidade pelo Chevette... Esperamos até às 14:00 e resolvemos ir para a casa do Parahim tomar cerveja. Lá pelas 17:00 o Chevette chegou e sua tripulação dá a desculpa que o carro esquentou e tiveram que parar numa mecânica de beira de estrada. Recibos do Motel Le Boquete foram encontrados mas deixamos por bem, a história ficar como estava.
Fomos até o supermercado comprar mais cerveja, cachaça, Frioba de laranja, duas garrafas de cidra de maçã para a comemoração e um pacote de miojo para a janta.
Demos uma dormidinha, acordamos às 23:00 e embarcamos para a a beira da praia.
Na beira da praia proferimos gritos de ódio e danças. Tomamos a maldita cidra e vimos os fogos espocarem nos céus enquanto soltavamos nossos próprios fogos com cheiro peculiar. Embarcamos nos carros novamente, já meio tchucos e rumamos para a Praia do Rosa onde havia a promessa de mulheres e bebidas. No meio do caminho abordamos umas locas, e metemos as fubangas no carro, apertadas com aquele monte de bagaceiros. No trajeto, partes intimas foram postas à mostra de encontro ao vidro do carro intimidando as moçoilas. Entrando na estrada de acesso, ficamos entalados no fluxo de carros que vinham. Devido as altas doses de álcool as manobras estavam impossibilitadas. Finalmente conseguimos sair de lá e estacionar à mais ou menos uns 3 km distantes da praia. Iniciamos a via sacra em busca de álcool, mulheres, diversão, redenção e cabaço.
Chegamos finalmente no local, que lembrava muito a Serra Pelada com imensas dunas de areia e o povo subindo em escadas por todos os lados. Voltamos a beberagem. As garotas que demos carona, se perderam no caminho e partimos em busca de novas conquistas. Algumas cervejas depois resolvemos mijar. Descemos as dunas e fomos dar a nossa contribuição para a falta de líquidos no planeta despejando o mijo no mar. Na volta o Marlon executou a célebre manobra de patinação na duna escorregando umas 4 ou cinco vezes para subir uma altura menor que meio metro.
Tomamos mais algumas cervejas e andamos na Serra Pelada, subindo e descendo dunas e escadas. Até que finalmente cansamos e decidimos sentar. Olhamos para baixo e haviam algumas garotas sentadas em cadeiras de PVC. Pedimos gentilmente para que elas saissem dalí e nos cedessem o lugar:
- Ô suas putas, saiam daí que os tios querem sentar!
As garotas ignoraram nosso apelo e resolvemos ser mais enfáticos... Começamos a mijar nelas.
As garotas saíram correndo e como forma de vingança gritaram:
- Olha o pau pequeno!
Mal sabiam elas que isso não nos afetava de forma alguma..
Em determinado momento me desgarrei dos bagaceiros e fiquei tomando minha cervejinha. Caminhei um pouco e encontrei o Cássio e o Tiago deitados na única escada de acesso a um dos bares e agarrando as pernas das mulheres que por lá passavam.
Encontrei o Marlon e o Parahim e resolovemos ir embora pois o dia já estava nascendo e queríamos jogar futebol no outro dia. Fizemos a via sacra de volta completamente bêbados, me lembro que abracei uma china que estava passando e fui carregado por todo o caminho. Chegando lá para nossa surpresa dormia em frente ao carro, o bagaceiro do Cézar. Acordamos ele e rumamos para a casa em busca de uma cama pra dormir e de um banheiro pra vomitar. Naquele feriado, proferimos palavrões na praia da Ferrugem, gritamos "PORCO" toda vez que passávamos em frente a casa de um véio,quebramos vasilhames de garrafa, o Cézar ficou roxo de queimaduras solares, e cantamos o hino de Novo Hamburgo para a população local e sempre na volta das festas íamos no vizinho O Bar do Véio Biriba comer um pão com mortandela.
É isso aí, quem tiver algum adendo ou retificação por favor contribua.
27.4.02
Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Reveillon Passado
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