14.4.02

Em solidariedade ao Pablito vamos colocar duas participações, dando os parabéns pelo primeirão no Rio-São Paulo.
Vai aí um texto do senhor Arnaldo Jabor, para inflamar o ódio do Pablito com o nosso Big Bródi.

Triste país este em que pessoas como Kleber viram ídolos. Sem ter feito
nada de bom, apenas por que fracassaram na tentativa do mal, são julgados
inocentes.
Apenas por cometerem incontáveis erros de português, são julgados puros.
A desinteligência é confundida com qualidade, com algo a ser valorizado.
Pela sua ignorância e falta de estudo, imediatamente julga-se que não teve
oportunidades, sem levar em conta a realidade de fatos. Pessoas
identificam-se e pronto. Alguém lhe perguntou por quê não estudou ? Não,
apenas constatam que o brasileiro típico não tem estudo, é ignorante e
ponto final.
Triste país este que nunca soube votar, que se deixa levar pelas
aparências, pela casca, como se conteúdo fosse o que menos importasse...
Triste país em que um aproveitador barato vence um trabalhador, motivado
apenas por preconceito.
A votação do BBB, mais do que uma etapa num programa de TV, mostra a
lamentável radiografia de um país superficial, em que a malandragem sempre
predomina em detrimento ao caráter, à integridade, ao produzir.
Hackers de última hora modificam o percentual de votações, esfregam na
cara dos internautas, e nada é feito. Alguma semelhança com Brasília ?
Infelizmente não é mera coincidência... Ídolos de barro são construídos
num piscar de olhos, o corpo, o rebolar, são sempre mais valorizados do
que o caráter de um ser.
Vê-se o país em que hoje vivemos : Um enorme potencial desperdiçado. Um
povo que poderia ser vencedor, íntegro, trabalhador. Mas a indolência, a
malandragem, a falsa pureza é que são moedas correntes num mercado
inexplicável.
Kleber promete que se ganhar dá dinheiro aos outros participantes. O povo
o aplaude. Já na primeira prova vende sua participação em troca de um
carro usado. O povo aplaude as falcatruas expostas, acostumado que está...
Trata mulheres como objetos usáveis e descartáveis. Refere-se à Xaiane
como "cascuda para o ato" utiliza, descarta, fala mal dela para todos,
parte para a próxima. O público, ao invés de castigar a cafajestagem,
transforma-o num astro de última hora...A própria Xaiane ? Que vergonha !
? Apóia o mau-caráter.
Um simpatizante ameaça na net que todos que falarem mal do moço vão
receber vírus em seus computadores. O servidor da Globo emperra, impedindo-nos de votar no
domingo pela eliminação de Kleber, e na terça-feira, a favor de André ou
Vanessa. Manipulação explícita ? O mal vence e o bem sai, com um
sorrisinho amedrontado.
Kleber dentro da casa chora de saudades dos pais, promete que fará
caridade com o dinheiro, que ajudará outros participantes, que Maria
Eugênia (boneca fabricada, cabeça de lata, como ele) o acompanhará até o
fim.
Bastou anunciar-se o resultado e tudo mudou : Maria Eugênia foi "deixada
para depois", Bambam sai da casa e só após longuíssimos minutos se
divertindo com a galera é que foi dar um abracinho mixuruca nos pais... Seu grito com a galera ? "Nós vamos
curtir muito com esta grana" Ué, e a caridade ?
E a promessa que fez, ao vivo na noite de domingo, de que ficaria 12 horas
de joelhos ? Onze eliminados. Alguns ruins, outros bons. Os outros dois
finalistas, mais humanos e autênticos.
O ídolo de barro ganhou. É burro, ignorante, não tem cultura. Mas foi
espertalhão, soube ludibriar o público com um "jeitinho humilde" inventado
e aperfeiçoado, com um discurso demagógico que qualquer olhar mais atento
desmascara.
Triste país este. Após a vitória de Kleber, ficou ainda mais triste ser
brasileiro.

Arnaldo Jabor.

Dizem que o Pablito se apaixonou pelo Kléber... não sei não, tanto ódio...



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