24.8.02

Gostaria agora de lembrá-los de uma música do GAROTOS PODRES, que resume muito bem meu sentimento pela política e pelos indivíduos que a praticam.A letra esprime muito bem esta dicotomia entre política e o ato de defecar. Com vocês:


VOU FAZER COCÔ


Enquanto você de paletó e gravata
Aparece na TV e diz coisas que eu
Não consigo entender
O que é que eu faço?
Vou fazer cocô

Você vive prometendo
que tudo vai melhorar
Mas cada vez mais
Esta pior a situação
Enquanto você promete...
Vou fazer cocô

Enquanto você sobe no palanque
Pra tentar enganar todo mundo
Enquanto você fala...
Vou fazer cocô.

E agora com vocês a tão esperada 2 Parte da Triologia-A Saga do Carota Fern 1997.

Chegando lá, para nossa surpresa, a casa estava infestada de bagaceiros, que se empoleiravam nos beliches camas e até mesmo em cadeiras... Uma cena deplorável que jamais à de me sair da lembrança. Juntemo uns trocado para assar uma carne, comemos e fumo tudo para a praia, voltar a encher a cara. No caminho, roubamos uma lixeira de um dos hotéis, enchemos de gelo, e cerveja.
Fomos então, tomar um banho de mar. A praia estava igual ao Piscinão de Ramos, cheio daquela gente marrom (não encontrei definição mais apropriada) e de véias gordas e varizentas. Um dos nossos colegas de Cerro Largo estava na maior ressaca... O desgraçado era um corpo desmaiado na beira da praia, branco que nem papel que ficava jogado no canto e tínhamos que ter cuidado para o mar não levar. Volta e meia ele se mexia e vomitava na areia. Quando mudávamos de lugar, carregávamos aquele corpo inerte, o que deu a idéia para um espertalhão filmar Um Morto Muito Louco. Até mesmo a bagaceirada do piscinão de Ramos assustou-se com aquilo, e para ajudarmos um pouco pegamos a lixeira que estava cheia de gelo e jogamos no desgraçado...
Fomos então assistir ao ensaio do desfile. Compramos uma caipa e nos posicionamos estrategicamente para proferir nossas palavras de ordem, e gritos de baixo calão. Tudo começou com uma singela cantoria:
- ON, ON, ON, CAROTA FERON!
A produção do programa começou a ficar injuriada com toda aquela gritaria. Porém, adquirimos simpatizantes na população de pescadores que riam e também gritavam xingando aquela empulhação. Todas as vinhetas eram gravadas, inclusive as inserções dos repórteres de ``beira de campo``. Todas as repórteres foram devidamente rebatizadas:


Regina Lima- Regina China
Cristina Ranzolin- Cristina Pingolim
Lazier Martins- Careca safado


Aquela gritaria começou a desconcentrar os repórteres e uma delas ao ter que proferir determinada fala, errou, levando então o maior esporro do diretor.A galera não deixou por menos e fez coro:
- Burra, burra, burra!
Aí o diretor indignou-se e pediu para o pessoal se conter, e obteve como resposta:
- Filha da puta, filha da puta!


A Brigada Militar, foi então posicionada bem na nossa frente para tentar nos intimidar, porém nem mesmo os policiais conseguiam ficar sérios com a gritaria e com as denúncias de que a RBS era a empresa falida que financiava o governador da época (Antonio Brito).
Ficamos importunando e enchendo a cara até o final do ensaio que terminou mais cedo por falta de condições. Desde então, os ensaios foram transferidos para Sexta-feira, e a final para o Sábado, de forma a evitar a baixaria.
Fomos para as respectivas casas, comermos algo e fomos dar uma dormidinha, para mais tarde voltar para o centro e encher a cara. Enquanto fazíamos a janta, apareceu na TV um trecho do ensaio no RBS notícias, e os urros apareciam no fundo :
-HUNNNNNN!!!!
Acordamos de ressaca, e rumamos novamente para o centro parando antes no comitê central para juntar-nos aos demais bagaceiros. Soava no apartamento uma maldita corneta de torcida e garrafas eram arremessadas na construção vizinha. A loucura imperava... Muitos valentes na luta, tombaram naquela noite e não conseguiram vencer a maldita birita, se entregando ao sono reconfortante. Acabaram por ter os bocos arrombados. Outros, dentre os quais me incluo, foram ao centro para incomodar. As excursões que vinham do interior começavam a chegar, e com elas um bando de pagodeiros, funkeiros e afins...
Um dos membros da SAC, que estava completamente alterado, tentava conquistar as garotas na rua, com seus poderes da mente, estaqueado na frente das pessoas com a mão estendida. Por sorte, caímos nas graças do clone do He-man, que nos serviu de segurança quando quiseram nos quebrar a cara.
O birinights continuou, com muita cachaça e refrigerante de laranja na garrafa de litrão devidamente cortada na ponta.

FIM DA 2º PARTE

E para finalizar com chave de ouro:
AS PELADAS DO DIA



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