6.5.02

Colocamos a seguir na página, a indignação da correligionária Lola que passou por poucas e boas numa Boite da Capitar:


Pessoal;

Este é um e-mail que serve de alerta a todas aquelas pessoas que
curtem uma boa festa, diversão e papo com os amigos. Vale a pena
tirar um tempinho para ler este e-mail, pois pode evitar que passem
pelo transtorno e humilhação que passamos na véspera do feriado do
Dia do Trabalho.

Bagutta. Está aí uma casa noturna que não recomendamos a ninguém.
Este bar fica na Rua Tulio de Rose, nº 200, em Porto Alegre. Pelos
automóveis que abarrotavam o estacionamento e pelos preços
praticados - uma long neck custava R$ 4,00 - a casa noturna é um
lugar feito para pessoas de alto poder aquisitivo. Pena que dinheiro
não é sinônimo de classe e boa educação.

A confusão começou antes mesmo de entrarmos no lugar. Tínhamos um
convite que, a princípio, nos dava isenção de fila. Doce ilusão. Após
uma hora e meia de empurrões, falta de ar e um desconforto totalmente
desnecessário, entramos. Antes tivéssemos ido embora, como tínhamos
pensado logo no início. Não imaginávamos que o pior ainda estava por
vir.

Depois que entramos a festa parecia normal. Dançamos, bebemos,
conversamos e até rimos. Cansados, paramos o agito e fomos até o
restaurante para recobrarmos as energias. Pedimos uma porção de
fritas. Quando o garçom chegou, não conseguimos conter o riso. Era,
com toda a certeza, a menor porção de fritas que já vimos na vida. Ao
custo de R$ 5,00, uma porção que só serviria para alimentar um gnomo.

Bom, após mais esta decepção, resolvemos ir embora. Prestem atenção
no horário: 3h40 da madrugada. Um tumulto se formava em frente a um
espaço de 2m x 2m, onde as pessoas tentavam efetuar o pagamento de
suas consumações para ir embora. Meio a contragosto, fomos para a
fila. Afinal de contas, se todos estavam passando por isto, por que
conosco seria diferente. Havia umas cem pessoas aglomeradas e super
estressadas tentando pagar. Agora é que vem aquela parte que fala de
educação. Uma trupe de lutadores de jiu-jisto entrou furando a fila,
passando por cima de pessoas que já estavam ali, há mais de meia
hora. Questionados pelo grupo que esperava educadamente, começaram a
cuspir, a chutar e a ofender quem tentava os impedir de ir adiante. E
não importava o sexo, homem ou mulher, todos eram ameaçados pelos
grandes músculos e cérebro vazio dos esportistas que batem no peito e
se orgulham de pertencer a geração saúde. Só saúde, pois educação e
bom senso não vem nesse pacote.

Prestem atenção mais uma vez no horário: 5h40 da madrugada e,
finalmente, conseguimos chegar até o caixa. Depois de tudo o que
passamos, ainda tivemos que deixar com esta casa noturna (guardem bem
esse nome, Bagutta) totalmente desorganizada e despreparada, R$ 36,60
que preferíamos ter gasto em qualquer boteco de esquina, a ter que
passar pela humilhação que passamos.


Lola Carvalho e Fabiane Bondan, jornalistas, tiveram seu feriado
estragado em função da desorganização de uma casa noturna de Porto
Alegre, voltada para o público de classe média alta.

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